A simulação está presente na vida humana desde que o homem começou a contar. Bem mais recentemente simulamos diversos passos que pretendemos tomar. Nos casos de maior expressão tecnológica simulamos o clima, o comportamentos de mercados, lançamentos de foguetes e missões em aviões de última geração. Nesta última categoria são empregados simuladores de alto grau de realismo, cujo propósito é treinar pilotos e co-pilotos em manobras nos aviões que irão comandar.
É sabido que um piloto treinado para um determinado modelo de aeronave não pilota outro modelo, embora ambos sejam aviões que voam sob as mesmas Leis da Física e obedecem aos princípios fundamentais de projeto de aeronaves. Sabe-se também que os pilotos e co-pilotos são regularmente re-treinados para que possam passar por situações pouco comuns aos voos convencionais. Atualmente, tem chegado ao Brasil diversos simuladores de operação de embarcações para os setores naval e de petróleo e gás natural, cujo propósito é treinar operadores para estes equipamentos.
No setor elétrico, o emprego de simuladores full scope para usinas termonucleares é uma realidade antiga. Por que, então, operadores de usinas convencionais geradoras de energia elétrica, um item tão essencial da vida moderna, devem operá-las sem um treinamento específico da usina em que trabalham? Por que os engenheiros devem tomar decisões sem ter em mãos uma ferramenta que lhes apoie sobre a execução de uma modificação ou outra?
Uma usina de ciclo combinado de 500 MW custa em torno de US$ 500 milhões. Além dos mais, o dia de uma usina destas parada pode chegar a US$ 1,5 milhão. Parece razoável que se tenha extremo zelo nas decisões e manobras adotadas nestas usinas. Os simuladores full scope têm o propósito de minimizar significativamente estas perdas e reduzir danos aos ativos destas usinas. Tratam-se de simuladores capazes de reproduzir com altíssima fidelidade o comportamento de cada equipamento de um usina, dos menos aos mais críticos.
Pesquisa realizada pelo EPRI – Electric Power Research Institute – dos Estados Unidos mostrou que o uso de simuladores full scope pode gerar economia até US$ 20 mil/ano por megawatt de capacidade instalada. Para nossa usina de 500 MW esta economia pode chegar a US$ 10 milhões por ano, em performance, disponibilidade, vida do maquinário e cumprimento de normas ambientais. Ao se evitar eventos que geram perda receita, o investimento nos simuladores full scope se paga em poucas semanas.
Com um simulador full scope, os operadores podem ser treinados em situações que podem vir a ocorrer ou em situações que já tenham ocorrido, mas houve uma reação da operação que não foi a mais favorável para a usina. Outra situação é simulação de alterações no modo de operação durante um determinado procedimento, onde a engenharia pode criar cenários para avalição de performance ou até mesmo de confiabilidade da manobra. Talvez alterar uma malha de controle no simulador antes de alterá-la na usina possa evitar um trip e manter a disponibilidade.
A GT2 Energia pode desenvolver simuladores full scope para os mais diversos processos, desde usinas termelétricas até refinarias, estações de compressão, sistemas de cogeração, siderurgia e papel e celulose.