Por volta das 15h48min do dia 21/03/2018, todos os estados do nordeste e parte da região norte, o que inclui os estados de Amazonas, Pará, Tocantins e Maranhão, ficaram completamente no escuro, por aproximadamente duas horas; nas outras regiões, o tempo de reestabelecimento foi menor, em torno de 20 minutos, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS).
O problema aconteceu devido à falha de um disjuntor na subestação Xingu, o qual se encontra no Pará, acarretando numa perda de carga de, aproximadamente, 19.760 MW, o que representa 25 % da carga no momento do ocorrido; a queda pode ser observada pela curva mostrada na Figura 1. Com a referida falha, o bipolo em corrente contínua entre Xingu (PA) e Estreito (MG), responsável pelo escoamento da produção da usina de Belo Monte para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, foi desconectado, causando o blackout e atingindo cerca de 70 milhões de pessoas.
O desligamento aconteceu de forma diferente em cada região; nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, houve um corte de 2.580 MW, enquanto na Sul foram aproximadamente 1.160 MW, ambos devido à atuação do Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC); em Manaus, Palmas e Belém, junto com grande parte dos estados do Maranhão e do Pará, a perda de carga somou um montante de aproximadamente 5.270 MW; por fim, 10.750 MW de carga foram desligadas no Nordeste. O processo de recuperação foi lento, e pode ser acompanhado pela Figura 2 e pela Figura 3, podendo ter-se estendido em até 4h50, como aconteceu na Bahia.
As causas da perturbação ainda estão sendo investigadas pelos órgãos competentes, contudo, este processo pode vir a demorar, devido à grande quantidade de dados a serem analisados.
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